sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FAZENDA DO PAPACAÇA.

Cultivo das Terras e povoados das SESMARIAS Capitulo IV SESMARIA DOS BURGOS.
Papacaça - Aniquilada a Republica dos Palmares, em 1696, foi reiniciado o desenvolvimento da sesmaria, reorganizando-se as fazendas, e, em seguida, ocorrendo a fundação da FAZENDA DO PAPACAÇA.

Com o falecimento do Dr. Cristóvaão de Burgos, volta a sesmaria ao estado de inatividade, sendo adquirida por compra pelo português de Braga, Manoel da Cruz Vilela, depois Coronel, em 1712, como se vê do seguinte socumento. "Aos 26 de julho de 1712, compareceram nesta cidade de Salvador, Bahia de Todos os Santos, em pousadas de mim tabelião, Antonio de Oliveira de Barbude, o capitão Jerônimo de Burgos de Souza e Essa (Eça), procurador da sua mulher, dona Elena de Oliva e Melo, e Manoel da Cruz Vilela, Francisco Nunes e Alexandre Pereira Peixoto, o primeiro como verdedor, o segundo como comprador e os outros como testemunhas.

E logo pelo dito vendedor, o dito Capitão Jerônimo de Burgos de Souza e Essa, me foi dito, em presença das testemunhas ao diante nomeadas e assinadas, que entre os bens que tem e possuem seu casal e dita sua mulher, é bem assim como na verdade, um sitio de terras de Nossa Senhora do Desterrro, pertencente à sesmaria dos Campos do rio Mundaú, capitania de Pernambuco, o queal s´´ítio confronta pela parte norte com o rio chamado canhoto e. a parte do sul, com as matas dos Palmares e pelo poente com as terras do Padre Pedro Fernandes Aranha e dos Padres Recolhetos, aonde chamam o mocambo da Negra Maria e confrotado e desmenbrado com quem mais dretamente deve e haja de partir confronte e demarcar e assim da maneira que o possuem e possuirão seus antecessores, disse ele vendedor, o dito capitão Jerônimo de Burgos de Souza e Essa e por sim como procurador da dita sua mulher, vendia como com efeito logo vendeu, deste dia sempre, ao dito comprador Manoel da Cruz Vilela, por preço e quantia de duzentos e vinte mil reis.

O comprador foi judicialmente empossado da fazenda Papacaça, em 20 de outubro de 1712, da fazenda Queimada dos Porcos, em 27 de outubro , também da 1712, e da fazendo do Burgo, no dia 31 de outubro do mesmo ano de 1712.

Uma vez assim empossado nesse imenso latifundio, fixou a sua residencia na fazendo do Burgo e iniciou o desenvolvimento da propriedade com a organização de outros sitios, tanto por sua propria iniciativa, como por meio de arrendamento de trechos de terras a outras pessoas.

SÍTIOS ONDE SE FORMARAM POVOAÇÕES QUE HOJE SÃO CIDADES E SEDES DE MUNICÍPIOS, NA SESMARIA DOS BURGOS Capítulo XI

1º BOM CONSELHO, No local onde, ao tempo da república dos Palmares, existiu o mocambo do negro Papacaça, sobre o qual já nos referimos no capítulo IV, foi depois, por herdeiros dos sesmeiros, iniciada a organização de uma fazenda chamada Papacaça, posteriormente interrrompida com a venda de toda sesmaria feita pelo Capitão Jerônimo de Burgos de Souza e Essa, em 26 de julho de 1712, ao Coronel Manoel da Cruz Vilela, conforme se dissse no referido capitulo.
O dito Coronel prosseguiu na organização da referida fazenda porém faleceu no ano de 1729, ficou suspenso o seu desenvolvimento, e somente depois de ter passado por herança de dona Maria Pereira Gonçaves, viúva do falecido coronel Manoel da Cruz Vilela, ao filho Antônio Anselmo da Cuz Vivela, a partir do ano de 1774, sob cuja gestão teve prosseguimento.
Em 12 de janeiro de 1782, Joaquim Antônio da Costa, e outros já estavam edificando a Capela de Jesus, Maria e José, e daí por diante, a denominação da fazenda foi sendo pouco a pouco substituida pela do Papacaça.

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