terça-feira, 12 de abril de 2011

A ILHA

A ilha é longe, no meio do nada, entre marés

Próxima de lugar distante, léguas além mar

Ela é bela ou feia, até mesmo as duas coisas

Dependendo especialmente dela, não de nós

A ilha as vezes some, outras reaparece por aí;

maior ou menor, mas gosta de se esconder

A ilha não morre, pode até morrer um dia

Se finge de morta e grita louca, quero misaaa!

A ilha é trincheira, é boa. Também é parede

de prisão, é má. A ilha é doida, caduca, senil.

Entretanto, engana e faz pressupor que é

gente educada, fina, culta e até nobre . . .

A ilha é um grande engodo a vociferar com

desdém "eu te amo". Finge ser santa, mas é

falsa. Açoitada pelos vendavais, sofre como

castigo dos males que sabendo, causa a outros

A ilha diz que não! Não se dá conta que é ilha

Pensa que é continente ou talvez promontório

Não aceita nem ser um grande arquipélago

Fruto de mimos, criação e educação carente

Mesmo assim a ilha fará falta quando um

um belo dia sucumbir. Ao se tentar olhar pra ela,

ver-se-á apenas águas turvas e frias. Onde

coqueiros dançavam ao vento alegres; restará

apenas profundos vazios, que provocará

lamentos, anseios e desejos de procurar. . .ilhas

Um comentário:

BOM CONSELHO-PE