segunda-feira, 7 de março de 2011

Folião reserva tempo para doar sangue

Enquanto milhares de foliões se espremem nas ladeiras de Olinda, o repositor
Hugo Leonardo tomou o caminho inverso da festa e foi até ao Hemope doar
sangue. O motivo? “Como é um período de muita violência, eu sei que a minha
atitude pode ajudar a salvar vidas”, disse. E ele está certo. No período do
carnaval, os hemocentros de todo o país registram uma baixa significativa nos
estoques de sangue. “Para se ter uma ideia, em uma segunda-feira normal,
atendemos de 300 a 400 doadores. Hoje, porém, esperamos apenas 100”, contou a
assistente social do Hemope, Conceição Amorim.

Então, a fim de manter o abastecimento e garantir a assistência à população,
o Hemope mantém o atendimento das 7h30 às 18h30, de hoje até a quarta-feira
de Cinzas. Para os interessados em doar, Conceição Amorim só faz algumas
ressalvas: “É preciso gozar de boa saúde, pesar mais de 50 quilos, ter entre
18 e 65 anos, não ter ingerido álcool há 24 horas e ter dormido, pelo menos,
seis horas antes de se dirigir ao local”.

Apesar do apelo para que as pessoas doem sangue, a enfermeira-chefe do ponto
de armazenagem do Hemope, Aline Diniz, garantiu que o hemocentro dispõe de um
estoque razoável de plaquetas, plasma e hemácias, mas convoca: “é importante
que as pessoas venham doar ainda assim. A gente sabe que a demanda cresce
durante o período. Então, precisamos repor”.

No último sábado, 146 pessoas compareceram ao Hemope. Dessas, 123 conseguiram
passar pela triagem. Hoje, pela manhã, o movimento ainda era tímido no local-
cerca de dez pessoas aguardavam atendimento - mas a expectativa é de que
cresça no período da tarde. No resto do país, as atividades normais serão
retomadas a partir do meio-dia da próxima quarta-feira.

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