quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Segundo polícia, padre Ferdinand cometeu suicídio

Ao final do inquérito que investigou a morte do padre jesuíta norte-americano Ferdinand Azevedo, 72 anos, a Polícia Civil concluiu que ele morreu em decorrência de uma ação suicida por enforcamento. O documento com todas as provas técnicas e testemunhais do caso, comandado pelo delegado Paulo Berenguer, foi entregue à Justiça nesta quinta-feira (24). O religioso foi encontrado morto dentro de um apartamento na Praia do Janga, Paulista, no dia 17 de janeiro deste ano.

Segundo a Polícia Civil, durante as investigações foram ouvidas 13 pessoas. Do total, oito são moradores e funcionários do prédio onde o corpo foi encontrado. Segundo Berenguer, ninguém percebeu a movimentação de pessoas estranhas dentro do condomínio nos dias 10 a 17 de janeiro, período em que ele permaneceu no local. As testemunhas também contaram desconhecer alguém que pudesse induzir o religioso ao suicídio.

Sobre as perícias, o delegado solicitou 11 exames técnicos sobre a morte da vítima à Polícia Científica. Dentre os laudos, foram confeccionados o exame tanatoscópico realizado por peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) e a perícia de local de morte elaborada pelo Instituto de Criminalística. Ambos os exames indicaram o enforcamento através do suicídio. Os médicos legistas relataram também que não existiam sinais de lesões pelo corpo da vítima, exceto as provocadas pelo enforcamento.

No interior do apartamento, os peritos constataram que não houve tentativa de arrombamento ao apartamento. Todos os bens do sacerdote estavam no local, inclusive uma quantia em dinheiro. Os investigadores também constataram que não existia qualquer sinal de luta corporal ou indícios que apontem a presença de outra pessoa no imóvel. Um estudo grafotécnico em dois bilhetes escritos em francês por Ferdinand revelou se tratar de transcrições de passagens bíblicas que remontam a expressão “Reino dos céus”.

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